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TRANSEUNTES

Criado em abril de 2012, o grupo de pesquisa"Transeuntes: Estudos sobre performance e Teatro performativo" foi formado a partir da necessidade de artistas em ampliar os estudos sobre as intervenções performáticas nas ruas. Em parceria entre Professores e Alunos do Curso de Teatro (COTEA) da UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rei), o projeto consiste, entre outros pontos, em estudos teóricos sobre determinados autores que abordam o teatro nas ruas e em experimentações práticas que visam inserir o espectador transeunte na construção dos processos criativos, a partir das temáticas referentes às abordagens atuais. A pesquisa tem como principal objetivo investigar as propostas de estreitamento entre a cena contemporânea e o espectador transeunte nas ruas de São João Del-Rei, visando analisar a inserção do público como participante das ações performáticas, na busca de:

(...) Utilizar o ambiente urbano de maneira diferente das prescrições implícitas no projeto de quem o determinou; enfim, de dar-lhe [espectador-cidadão] a possibilidade de não assimilar, mas de reagir ativamente ao ambiente. (ARGAN, 1998, p. 219)

Os membros atuais do grupo Transeuntes são:

Professores - Ines Linke e Marcelo Rocco.

Alunos - Débora Trierweiler; Diego Souza; Diogo Rezende; Fernanda Junqueira; Gabriela Ferreira; Guilherme Soares; Halina Cordeiro; Henrique Chagas; Isabela Francisconi; Kauê Rocha; Nathan Marçal; Paula Fonseca; Rick Ribeiro; Tatiane Talita.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Fé x Religião

Nome do procedimento: Fé X Religião 

Local, data e hora: Rodoviária de São João del Rei, 6 de novembro as 15 horas.
Pesquisadores envolvidos: Sebastian Junior, Júnio Carvalho, Sabrina Mendes, Rick Ribeiro, Camélia Amada, Pedro Mendonça, Luís Firmato, Matheus Way, Iolanda de Lourdes, Bernadette Macinelli.
Preparação: Foi dada a cada pesquisador, uma folha xerocada com algumas questões.
Descrição do procedimento: Como provocação para a nova pesquisa “Deus é fiel”, Iolanda propôs aos pesquisadores que fizessem entrevistas com os transeuntes que estivessem em circulação na rodoviária e em suas proximidades. A entrevista teve como finalidade buscar a proximidade com o público de uma forma direta para o esclarecimento sobre o entendimento do mesmo sobre as questões religiosas que permeiam nossa sociedade. De uma maneira geral, podemos observar um pouco entendimento sobre a diferenciação de fé e religião. O que poderia ser algo simples e etéreo, se torna em ostentação de um lugar inexistente e necessário de se alcançar.
A partir das respostas, aqui um panorama geral norteado pelas perguntas:
Você tem religião? Qual?
A maioria dos entrevistados possuíam religião e quase todos católicos.
Você acha que ela é boa pra você em que sentido?
Houve uma confusão geral nessa pergunta por que muitos não souberam responder ao certo o que a religião proporciona de bom para cada um. As respostas foram efusivas de maneira geral e perdendo o foco da questão.
Você acha que fé e religião são a mesma coisa? Por que?
Novamente as pessoas se perderam por que a maioria só conseguia atrelar a fé à religião.
Na sua religião tem coisas que você não concorda? O que?
Alguns falaram das regras que as religiões possuem mas sempre com uma certa parcimônia, já que a religião é ditadora de pensamentos e funcionalidades.
Em outras religiões existem coisas que você não concorda? O que?
Muitos falaram das cobranças financeiras indevidas feitas por algumas instituições e regras como a proibição de doação de sangue por algumas doutrinas.

De uma forma geral, os entrevistados concordam que a fé é algo necessário e confortante para a vida e não conseguiram desvincular a fé da religião. Como se o que regesse a fé do indivíduo, fosse uma instituição que dita as regras que devem ser seguidas. Como se não fosse pouco, as intuições são mantidas com dinheiro do povo. Pode se dizer que Guy Debord quando fala de uma homogeneização social em prol de um lucro financeiro maior, se encaixa perfeitamente na maioria das respostas dadas pelos indivíduos que foram entrevistados. Pois a maior parte, não soube diferenciar fé de religião.
Muitas das instituições religiosas, são empresas que visam lucro financeiro em tempo integral colocando como uma “doação” obrigatória como justificação da fé. E isso prejudica, se não poda completamente, a noção de diferença entre a crença e a instituição. A vida como mercadoria de Debord, se justifica sempre no final com o balanço financeiro onde tudo se é possível vender e ser comprado. Sua fé não mais pode ser legitimada se não houver uma instituição te impondo valores, podando ações e atitudes e visando uma edificação desse “templo” obrigatório realizador de milagres. 































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