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TRANSEUNTES

Criado em abril de 2012, o grupo de pesquisa"Transeuntes: Estudos sobre performance e Teatro performativo" foi formado a partir da necessidade de artistas em ampliar os estudos sobre as intervenções performáticas nas ruas. Em parceria entre Professores e Alunos do Curso de Teatro (COTEA) da UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rei), o projeto consiste, entre outros pontos, em estudos teóricos sobre determinados autores que abordam o teatro nas ruas e em experimentações práticas que visam inserir o espectador transeunte na construção dos processos criativos, a partir das temáticas referentes às abordagens atuais. A pesquisa tem como principal objetivo investigar as propostas de estreitamento entre a cena contemporânea e o espectador transeunte nas ruas de São João Del-Rei, visando analisar a inserção do público como participante das ações performáticas, na busca de:

(...) Utilizar o ambiente urbano de maneira diferente das prescrições implícitas no projeto de quem o determinou; enfim, de dar-lhe [espectador-cidadão] a possibilidade de não assimilar, mas de reagir ativamente ao ambiente. (ARGAN, 1998, p. 219)

Os membros atuais do grupo Transeuntes são:

Professores - Ines Linke e Marcelo Rocco.

Alunos - Débora Trierweiler; Diego Souza; Diogo Rezende; Fernanda Junqueira; Gabriela Ferreira; Guilherme Soares; Halina Cordeiro; Henrique Chagas; Isabela Francisconi; Kauê Rocha; Nathan Marçal; Paula Fonseca; Rick Ribeiro; Tatiane Talita.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

www.transeuntesperfoemance.blogspot.com

O INFORME E A SOMBRA EM VALÊNCIO XAVIER
Fernanda Valim Côrtes Miguel[1]
Mayra Helena Alves Olalquiaga[2]   
Marcelo Eduardo Rocco de Gasperi [3]

Segundo Baudrillard, paradoxalmente, o estar em cena exageradamente, o excesso de exposição (quando tudo é cruelmente visível) leva ao vazio[4]. O livro Rremembranças da menina de rua morta nua e outros livros, de Valêncio Xavier, explora esse excesso de exposição do sexo, da violência, do corpo e da morte. A escrita informe de Xavier, entrecortada por fotografias, desenhos, embalagens de balas, reportagens de jornal e bilhetes recebidos pelo autor, lembrando as estratégias de comunicação utilizadas pela performance art, traz um cotidiano terrível e (as)sombroso, mergulhando o leitor no grotesco da vida urbana, onde mistérios jamais são elucidados, desfechos jamais dados. Os contos de Valêncio Xavier se apresentam de uma maneira que escapa ao familiar, surpreendendo nele o estranho e o sinistro.
Desconforto, incômodo, angústia e melancolia são palavras que bem descrevem o projeto literário de Xavier. No conto que dá título ao livro, nos tornamos espectadores vivos da história-fragmento que recupera a morte: um assassinato ocorrido na década de noventa, em um parque de diversões de Diadema, Grande São Paulo, explorado de forma sensacionalista pelos veículos de comunicação brasileiros da época. A vítima em questão é uma menina de rua, de apenas 8 ou 9 anos de idade, perversamente violentada, cujo corpo é encontrado nu dentro de um caixão do trem-fantasma do parque. O evento vai sendo recuperado pela narrativa espe(ta)cular de um passado factual trágico, propositalmente invocado através de jogos de alternâncias, avanços e recuos cronológicos, memórias e reminiscências da dor, da feiúra e da morte.
Aos poucos, as imagens vão ganhando corpo e sentido perante os olhos do leitor/espectador: recortes de notícias de jornais recuperam informações diferentes, nem sempre precisas, sobre o caso policial-detetivesco, em uma narrativa que se aproxima cada vez mais das narrativas de ficção e de mistério típicas do século XIX, como as de Conan Doyle e Allan Poe, também fortemente marcadas pelo jogo ficção/realidade. Locuções sensacionalistas do apresentador Gil Gomes tentam cobrir o caso do crime bárbaro. Fragmentos de chamadas de estúdio para outras notícias televisionadas na época, o bilhete de um pedinte, entregue ao próprio Valêncio Xavier no semáforo de uma avenida de São Paulo, informações sobre o rendimento da caderneta de poupança, sobre o preço de banca dos jornais e do pãozinho de 50 gramas, auxiliam na composição do cenário de uma época, denunciando os contextos político, econômico e social de uma sociedade e instituindo o “pano de fundo” que poderia justificar - apesar de não o fazer - parte da sinistra trama. Esse tratamento da morte da menina em imagens superpostas chama atenção para os deslocamentos possibilitados pela escrita valenciana, na qual “o lixo – o sensacionalismo, a crueldade – é nosso.” O que Valêncio Xavier faz é “reciclá-lo com um refinamento vindo em grande medida desta duplicação limiar – o fato e seu relato, a brutalidade e sua representação”[5].
Neste jogo de representação, os personagens, de maneira geral, não possuem nomes ou qualquer traço que os individualize ou os identifique. Assim, embora se fale exaustivamente da menina morta nas reportagens e roteiros de programas de TV, como o Aqui Agora, que entrecortam o texto, jamais descobrimos quem ela é. A escrita de Xavier não nos possibilita identificar em seus personagens quaisquer subjetividades distintas, evidenciando “uma crítica à banalização da vida na sociedade contemporânea, que reduz a complexidade psicológica do ser humano em personagens-tipo”.[6] E como a menina jamais adquire uma individualidade, a pergunta que o conto parece fazer é, será que realmente queremos saber dela ou apenas consumir a notícia de seu estupro e sua morte, para logo nos esquecermos?
A menina jamais é identificada. Embora possamos ver seu rosto, jamais vemos seus olhos, que estão sempre cobertos por uma tarja preta. Explorada sexualmente e depois pela imprensa para vender uma notícia e, finalmente, por nós, que consumimos sua história, ela jamais nos fita de volta. Em seu breve estudo da fotografia, Roland Barthes trata o objeto fotografado como um Spectrum, palavra que “mantém, através de sua raiz, uma relação com o ‘espetáculo’ e a ela acrescenta essa coisa um pouco terrível que há em toda fotografia: o retorno do morto”[7]. Para Barthes, ao ser fotografado, o sujeito não é mais sujeito nem objeto, mas um sujeito que se sente tornar-se objeto, uma micro-experiência da morte, um verdadeiro espectro. O sujeito torna-se todo imagem, a morte em pessoa, e os outros o desapropriam de si mesmo com ferocidade. Ao incluir em seu texto a foto da menina, Xavier parece brincar com esse traço da fotografia, e seu espectro passa a nos assombrar.
Ainda segundo Barthes, toda fotografia é contingente e só pode significar, só pode visar a uma generalidade, assumindo uma máscara, tornando a face fotografada o produto de uma sociedade e de sua história. Ao inserir uma foto jornalística, portanto meramente ilustrativa, em um texto literário, Xavier encena esse potencial de significação da fotografia, chamando a atenção para ela e dando-lhe o mesmo peso da palavra.
O uso de fotografias e da outras linguagens no conto da menina morta, e nos demais contos do livro, rompe o limite seguro e aceitável da literatura tradicional, dissolvendo-o em um estreitamento tênue e obscuro com o caráter real do cotidiano da sociedade brasileira. Assim, o duplo sentido entre o ficcional e o real dado por Xavier atravessa as fronteiras literárias para a configuração dos elementos constituintes da performance.
Lehmann (2007) afirma que os conceitos performáticos têm como um dos eixos norteadores a busca da ação real, em contraposição ao domínio das ações simuladas. Estabelecendo um paralelo ao universo de Xavier, Rremembranças possui em seu enredo um processo gradativo de transformação ao decorrer da obra, em que o caráter do real é dado a todo instante, diluindo a barreira entre ilusão e realidade. Este entrecruzamento é feito principalmente pela característica da linguagem jornalística que Xavier manipula, visando estetizar a narrativa de tragédias cotidianas, banalizadas pelos jornais televisivos, virtuais e impressos. Desta forma, o objeto de comunicação midiático é visto pelos bastidores, formulando um sentido metalingüístico entre a obra e o acontecimento real
Vivemos um momento em que o espalhamento da teatralidade e da atitude performática estendidas à mídia, ao cotidiano, está em permeação constante com o mundo espetacularizado, desfronteirizado (DEBORD, 1997, p. 27).
Manipulando as notícias sensacionalistas sobre um ato de violência urbana, Xavier cria estados performáticos de ruptura e continuidade textual, re-significando o conteúdo da notícia jornalística em“ uma obra de fronteira entre o factual e o ficcional” (ROCHA, 2009).
Tendo um olhar apurado sobre tal ótica sensacionalista, Xavier revela que o real pode ser dado como ficção e vice-versa, em um intenso jogo de luz e sombras, em que algo se revela e algo se esconde a todo o instante. Desta maneira, o leitor não consegue perceber com clareza os pontos referentes à ficção e ao real, bem como o caminho a seguir. E a linguagem híbrida, construída a partir da colagem textual “motiva questionamentos a respeito da autoria, da relação entre realidade e ficção e da subjetividade como interferência natural, na escrita de qualquer tipo de texto”(KOBS, 2010).
A colagem textual na obra de Xavier, mesclando informações de noticiários televisivos, verbetes de dicionários, elementos iconográficos e a linguagem da oralidade, caminha em contraposição a um texto linear, pois possibilita diferentes versões sobre o enredo e uma leitura aberta e processual. Com isto, o conto não leva o leitor a um local seguro e claro sobre os acontecimentos. Ao contrário, o autor propõe um jogo de quebra-cabeças a ser montado e digerido, aumentando as potencialidades do reduzido discurso dado aos jornais que, por sua vez, buscam o apelo à tragédia cotidiana para alavancar o ibope. 
Assim, o conto se mostra aberto à contribuição do leitor, que é convidado a dialogar com este, refletindo, sintetizando e sendo contaminado pelo teor da obra. Com isto, ele deixa de ser mero espectador receptivo da obra para tornar-se colaborador dela, elaborando significados maiores que o fio condutor que o livro estabeleceu. Desta maneira, Xavier reapresenta o fato e sua representação pela mídia, tornando-o um suporte para a exposição de suas escolhas estéticas e de seu projeto literário particular.
A narrativa da morte da menina denuncia o processo de consumo e de esquecimento que marca a vida nas grandes cidades, o consumo de vidas, da miséria alheia, da morte e da tragédia alheia, que logo cederá lugar a outra tragédia, e depois a outra, a outra, a outra. Ao lado da primeira foto da menina, Xavier coloca a mesma manchete de jornal anunciando o crime bárbaro repetidas vezes, fazendo com que sua história perca qualquer senso de individualidade. Novamente o texto parece nos confrontar com mais perguntas, as quais não tenta responder. São quantos os meninos de rua no Brasil? E sendo tantos, é possível nos compadecermos com eles? É possível realmente enxergá-los?
As imagens do local do crime exploradas no conto dão a este ainda uma camada de ironia, cuja crueza espelha a brutalidade do mundo retratado. A menina entra no jogo, “O mundo do Terror”, pela “Entrada dos corajosos”, mas jamais sai viva pela “Saída dos sobreviventes”. No jogo de luz e sombra acionado pela ironia valenciana, a ideia do parque – que remete à diversão, brincadeira – é subvertida quando o terror se torna real. Por outro lado, a imagem ausente da narrativa, a do corpo morto, que também institui a ausência da menina do mundo dos vivos, torna-se mais assombrosa na imaginação daqueles que rememoraram sua curta história do que qualquer tentativa explícita de representação através de índices iconográficos.
Os fluxos imaginários construídos por Xavier, a partir de imagem das memórias de um acontecimento, partem do destaque de elementos performáticos que nos são sugeridos a partir da leitura do conto, e acabam por conduzir à constituição de determinados núcleos de significado os quais, com base em Derrida (2008), poderiam ser lidos como “rastros de rastros” que nos indicariam pistas para o mapeamento e constituição de certas memórias “do horror” evocadas: a matéria sobre a morte nos conduz à fala de Gil Gomes, que nos conduz à fala de outro jornalista, seguido de um intervalo comercial, o signo de uma numeração aparentemente estranha (= - 17), à foto do parque de diversões, ao horário da suposta morte (onze e meia da noite), à imagem de um relógio que marca justamente a sombria meia-noite, a indicação do nome do suposto assassino (Nena), que por conseguinte nos leva ao rastro da definição da palavra “Nênia” (canto fúnebre, canto triste, canto mágico, canção infantil). Em seguida, somos guiados ao rastro da imagem da anatomia de um pé, jogo metonímico engenhoso, dado que teria sido esta a primeira parte revelada daquele corpo infantil. Portanto, os rastros aparentemente caóticos e dispersos acabam por nos conduzir a teias de significados coerentes e a certas filiações históricas e ficcionais. O termo “rastro” aqui mobilizado possibilita um duplo sentido, já que além de ser tomado a partir da noção derridiana, ele também pode ser compreendido indicando um sentido de vestígio, marcas visíveis ou efeitos de sentidos que partiriam do texto literário. Desse modo, restaria a questão sobre quais deles deveriam ser mostrados, evidenciados, e quais teriam sido apagados, ocultados (“Apaguem as pegadas”). O fato é que, assim como a imagem de um vagalume ou de um abajour, ora aceso ora apagado, aqui tanto a luz quanto o apagamento parecem sugerir um resgate de memórias e reminiscências, propondo uma reflexão sobre o que se diz e o que se deseja dizer ou o que se vê e o que se deseja ver (ou ocultar).
A escrita performática de Xavier e seus “rastros de rastros” também nos levariam a determinadas práticas socioculturais que são elementos significativos mediadores entre ficção e realidade, e é justamente por isso é que elas poderiam ser aqui tomadas como espécies de faróis que, vez ou outra, lançariam luz e iluminariam certas direções, indicando quando estaríamos nos aproximando ou nos afastando das rotas traçadas.
Derrida afirma não existir “em toda parte, a não ser diferenças e rastros de rastros” (2001, p.32). Nesse sentido, Ester Heuser comenta de maneira esclarecedora a noção criada pelo filósofo:
O termo rastro (trace) é usado por Derrida para pensar a estrutura de significação em função do jogo das diferenças que supõe síntese e remessas que impedem que um elemento esteja presente em si mesmo e remeta apenas a si mesmo. Tanto na ordem do discurso falado, quanto do discurso escrito qualquer elemento que funcione como signo remete a um outro elemento, o qual, ele mesmo, não está simplesmente presente. Ou seja, cada termo traz em si o rastro de todos os outros termos que não ele próprio (HEUSER, 2008, p.59).

            Fernando Machado Silva propõe que “os rastros são ainda pedaços de vida depois da morte, não nos indicam apenas a presença defunta de um corpo, podem mesmo ser um suplemento de uma outra vida, um outro corpo, uma outra obra de arte” (2009, p.114).
Parece-nos que este uso narrativo deslocado, como esboçado anteriormente, criado na montagem do conto, bem como seu apelo documental e imaginativo, criaria a própria noção do desvio e do informe, afinal, “de que modo ler as Rremembranças quando o sentido que produzem não é dissociável do estranhamento causado pelo fato que recuperam?”[8]. Residiria justamente aí, nesses jogos de cena, jogos de linguagem e processos metonímicos, uma força expressiva e intensa que retomaria o embate sobre o estatuto da verdade, revelando-nos um certo teor testemunhal[9] da ficção de Valêncio Xavier, pois a narrativa recupera vozes de sujeitos que nunca tiveram a chance de se pronunciar e testemunha memórias da violência e de sua espetacularização. Não se trata do próprio sujeito narrador de sua história de trauma, mas da própria narrativa que reflete, como num jogo espectral, a questão da história e da ficcionalidade e da construção estética da ficção.
Os temas da sexualidade, da violência e da morte, explorados por Xavier na história da menina morta, são também explorados nos demais textos que compõem a coletânea. No conto que abre o livro, tudo se passa em um cinema “bem vagabundinho”. O personagem chamado apenas de Veado começa a masturbar o homem sentado ao seu lado, e de repente sua cabeça simplesmente cai em seu colo. Enquanto O Veado grita, sendo logo preso pela polícia, o corpo do homem sem cabeça sai andando despreocupadamente do cinema. Do Veado, sabemos depois apenas que sua história acaba em uma cela com outros presos, e que “acaba mal”.
No conto seguinte, “O barqueiro da morte” (supostamente uma história verídica), um casal de idosos tenta sair de sua casa em um bairro pobre de Curitiba, fugindo de uma enchente. Só os conhecemos por Velho e Velha. Antes mesmo de a água encher a casa, a mulher começa a tossir sangue. Pobres, moradores de um lugar em que o esgoto da cidade é despejado, a última imagem do conto nos dá uma dimensão de sua insignificância, toda sua existência é resumida na única coisa que resta, uma figurinha das Balas Zequinha. As Balas Zequinha eram tradicionais em Curitiba e em cada embalagem estava esse personagem, o Zequinha, em uma atividade diferente. O Velho havia conseguido a mais difícil, Zequinha viúvo, o que dá ao final do conto também um senso de humor bastante negro. Em cenários como o cinema vagabundinho, o parque de diversões em Diadema e no bairro pobre de Curitiba, sexo, violência e morte são as únicas experiências possíveis, nas quais a racionalidade e a redenção não têm lugar ou função. E, desta forma, podemos dizer que frases como a que fecha o conto “7 O nome das coisas”, “e o nada” ressoa por todo o livro. A morte, em especial, surge como algo atroz, macabro e violento e, ao mesmo tempo, prosaico, o que aumenta nosso desconforto durante a leitura dos textos. O lado sombra da experiência humana, o corpo, a sexualidade, a morte e a violência, a sombra do horror, repercutem nos contos de Valêncio Xavier, através de uma estratégia de escrita informe, escrita da sombra.



REFERÊNCIAS
BARTHES, Roland. A câmera clara. Notas sobre a fotografia. Trad. Júlio Castañon Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

DERRIDA, Jacques. Posições. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

HEUSER, Ester Maria Dreher. No rastro da filosofia da diferença. In: Derrida & a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 1ª Ed., 2008.

NEVES, Ligia Amorim. Um estudo sobre a escrita literária de Valêncio Xavier. Acta Scientiarum: Human and Social Sciences, Maringá, vol. 8, n. 1, p. 37-46, 2006. Acesso em 17 mai. 2011.

ROCHA, Reuben. Ficção-Verdade: Fronteira semiótica na montagem narrativa de Valêncio Xavier. Revista Rumores, São Paulo, vol. 1, set./dez. 2009. Disponível em: www.usp.br/rumores. Acesso em 17 mai. 2011.

SILVA, Fernando Manuel Machado Arnaldo Pinto da. Da Literatura, do Corpo e do Corpo na Literatura: Derrida, Deleuze e Monstros no Renascimento. Dissertação de Mestrado. Universidade da Beira Interior, 2009.

XAVIER, Valêncio. Rremembranças da menina de rua morta nua e outros livros. São Paulo: Companhia das Letras, 2006


[1] Doutoranda em Literatura Comparada pela UFMG.
[2] Doutoranda em Literatura Comparada pela UFMG.
[3] Doutorando em Artes Cênicas pela UFMG.
[4] Baudrillard apud Neves, 2006, p. 40.
[5] Rocha, 2009.
[6] Neves, 2006, p. 43.
[7] Barthes, 1984, p. 20.
[8]  Rocha, 2011.
[9]  Termo que parece ter sido cunhado por Márcio Seligmann-Silva.