MORRA NA FESTA*
*Observação Importante: As opiniões expressas neste diário são de inteira responsabilidade do autor do texto e não correspondem exatamente com as ideias de todos os integrantes do grupo Transeuntes envolvidos na viagem.
O
Transeuntes – Grupo de Estudos em
Performance passou cinco dias no II Festival de Teatro de Araguari, Minas
Gerais. Da longa viagem à entrega dos prêmios passamos por diversas
experiências. Entre apresentações – nossas, ou não – oficinas e encontros
fortalecemos laços, identificamos semelhanças, porém, mais que tudo, contatamos
com as questões tão caras a nossa linguagem e escolhas.
SÃO JOÃO DEL-REI, QUARTA-FEIRA,
16 DE ABRIL DE 2014
O Espetáculo MORRA! Mas antes confira nossas liquidações... foi selecionado para
se apresentar no FESTA. Os preparativos começaram cedo. Faço algumas coisas
comuns em qualquer viagem, outras nem tanto. Separar figurinos, pegar
documentos, não posso me esquecer dos esmaltes... Fazer a mala me coloca de
frente comigo mesmo. Retiro algumas peças e me lembro que não preciso levar a
casa toda, mas adereços e figurinos sim. Meu ombro está doendo, o casco da
televisão utilizado em cena caiu em meu ombro direito quando separava os
figurinos e elementos cenográficos. Criticamos muito a mídia televisiva na
peça, acho que foi um tipo de vingança. Eu, Marcelo Rocco e o Igor fomos à
empresa de ônibus confirmar as especificidades da ida e volta. Acredito que
teremos uma viagem mais tranquila que confortável.
ARAGUARI, MANHÃ DE QUINTA-FEIRA,
17 DE ABRIL DE 2014
Figurinos,
malas e colchonetes couberam no ônibus depois de algumas tentativas. O
motorista parece responsável, mas um pouco apressado. Dividimos uma cartela de Dramin como se fosse água no deserto, eu
havia me esquecido como é horrível ficar grogue. Entre náuseas e mal estar
prefiro não ter visto quase nada na viagem. A produção foi muito receptiva. O
alojamento é em um colégio público da cidade. Ficamos na sala 3, só com membros
do grupo. As pessoas ainda estão chegando. Antes de qualquer coisa precisamos
ir até o bosque decidir e passar para a produção as necessidades da
apresentação.
O bosque é
enorme, não maior que a confusão que arrumamos para decidir os pontos da
apresentação. Fico irritado, mas não nos matamos. Por fim decidimos os locais,
preciso esconder minhas roupas no mato e tomar cuidado para que nenhum bicho me
morda durante as trocas de roupa. O bosque, com todo bosque que se preze tem
muitas formigas, falando nelas não podemos ver a primeira apresentação da
“Carolina, a Formiga Fofoqueira” que acontece neste momento. Penso em pedir
desculpas pelo estresse, mas meu ego não deixa. Preciso ser mais tolerante,
preciso ter foco, mas na verdade preciso mesmo é ir no banheiro. Não interessa
quantas vezes me apresento sempre morro antes, no caso da peça MORRA... acho
que isto não é tão grave.
ARAGUARI, TARDE DE QUINTA-FEIRA,
17 DE ABRIL DE 2014
Voltamos para
o alojamento para almoçar, tomar banho e retornar ao bosque. A Camélia pinta minhas unhas e o Felipe me
maquia. Adoro este momento, é como se eu fosse aos poucos lembrando do corpo
construído. A Sabrina, ansiosa, sugere que mudemos o local da cena final,
discordo e ela me dá uma bronca. Em mim e em todos os outros que acham que a
mudança há essa hora é loucura. Sua ansiedade é canalizada no pensamento de que
é incompreendida, de morta esta menina não tem nada... Não me incomodo, também
estou nervoso, o bastante para lembrar onde trocarei de roupa por 7 vezes,
quantos insetos vão me morder e como e quantas vezes vou cair com o chão do bosque molhado de
chuva.
Uma chuvinha
fina nos tira a última esperança de que alguém além da produção assista o
espetáculo em uma quinta-feira santa ás 16h45, mas saber que filmaremos me
alivia. Precisamos do vídeo sem cortes para enviar para outros festivais.
Diversos problemas que tivemos neste festival surgiram pela falta do vídeo. No
fim acho que ficamos neste dia e horário pela falta de clareza sobre a peça. Se
assistindo o espetáculo as pessoas já acham muito, imagina sem referências. O
Felipe, não o maquiador, tira fotos. Aguardo o início da apresentação próximo á
casinha escolhida para a cena do estupro. Penso que o a relação da
espacialidade interferirá no tempo das intervenções da minha figura. Isso não
me acalma. Um alongamento melhorou meu ombro. Estou com dor de barriga, quero
ir ao banheiro, mas três camadas de figurino me desencorajam. Cada vez que me
desejam “merda” este desejo fica mais forte. O Mário me dá um sinal para
entrar. Vou...
ARAGUARI, 16h45 DE QUINTA-FEIRA,
17 DE ABRIL DE 2014
Decidimos que
o Junio ficaria fora do parque. Sua figura chama muito a atenção, quase não
percebem quando chego na mesa. Inicio uma relação com os
espectadores-possíveis-compradores. Não são muitos, mas estão presentes. Os
braços cruzados de alguns demonstram que temem minha figura, outros estão mais
abertos. Uma mulher loira ri alto e o tempo todo. O som está um pouco alto, mas
sobrevivo, pior sem ele. As pessoas começam a rir, não sei quem são os jurados
e prefiro assim.
Na cena da
“balinha” levo um susto. Ao distribuir as balas vejo um menino a cara do Harry
Potter, o problema maior nem é a semelhança física, mas a idade, a peça deveria
ser para maiores de 16 anos. Mais sustos, acontece algo que cuja possibilidade
sempre existiu: O Pedro e o Matheus se machucam de verdade. Na luta entre os
jornalistas o Matheus corta a boca. Ele canaliza a dor para o personagem
deixando todo mundo de cara com sua reação. Eu achei lindo, morri de gosto de
trabalhar com ele que neste momento exemplificou a proposta do grupo quando quase
desapareceu com a linha entre o ator e o performer.
Troco de
roupa. Nesta cena que nas primeiras apresentações são feitas na janela devo
entrar. O deslocamento é difícil e minha intervenção mais rápida que deveria.
Estou preocupado com a próxima cena, esta é a roupa mais difícil de vestir, em
um menor espaço de tempo.
Adoro o momento
da limpeza do chão. Os espectadores que riram no começo estão em silêncio,
inclusive a loira de riso fácil. Como todos estão olhando para a Sabrina que
caminha com as pernas abertas pós-estupro decido cantar. Funciona, me olham,
porém não estão mais comigo: de agora em diante estou sem o apoio do público do
início.
A cena da mesa
de café está em um lugar lindo. Não encontro a caneca e a camiseta para colocar
nos peitos e nem me lembro das sacolas nos pés. Preciso repassar minuciosamente
todos os momentos. Improvisamos bem e ninguém percebe que esquecemos algo. Mais
cedo decidimos usar velas no trajeto até a última cena e isso acontece. Ficou
lindo de dia, imagina a noite! Começo a ficar com saudades do espetáculo, nem
pareço o mesmo do início.
A cena final ficou
muito engraçada. O público parece interessado. Sempre acho que na música da
Valesca Popozuda confundimos e passamos a ideia de que não é uma crítica. Volto
para o alojamento com o figurino, alguns motoristas quase batem o carro. As
pessoas desviam e olham sem disfarçar, se isso acontece na peça imagina na rua.
Temos que andar depressa, a conversa com os jurados acontece em instantes.
Decidimos que
a conversa deveria ser no pátio e aberta a quem quisesse participar. Este é o
melhor momento do festival para mim. Veremos as impressões dos jurados e
poderemos refletir sobre o espetáculo. São três jurados: O Tato Brasil estudou na UFSJ e agora está na
UNICAMP. Morgana é autodidata e o Nilo é diretor de teatro.. As visões sobre a
peça foram um tanto um quanto estruturalistas. Acharam os signos do inicio
confusos e perguntaram o que minha personagem era. Devolvi a pergunta a eles
sobre o que acharam que eu era. Questionaram se o riso faz pensar. Falei sobre
o processo sem me desculpar. Algumas coisas que pensaram que foram gratuitas
tiveram fundamento e não nos intimidamos. Acredito que no geral os Transeuntes
ficaram satisfeitos com a apresentação, e apesar das dificuldades, ninguém
morreu. Decidimos que precisamos repetir a dose do bosque, algumas cenas
ganharam peso incalculável.
ARAGUARI, NOITE DE QUINTA-FEIRA,
17 DE ABRIL DE 2014
A
comida do alojamento é muito saborosa, o banheiro não está tão limpo, o que não
é necessariamente problema de quem limpa, mas também de quem usa. Após o jantar
vamos assistir a peça “Romeu e Julieta” de um grupo de Unaí. Eles fizeram uma
resignificação a partir de guarda-chuvas bem interessante. O Romeu tem um corpo
bem disponível. Muito potente a intervenção de uma jornalista que de certo modo
encaminha a peça. A apresentação ganha pela vontade dos que fazem, acho que vão
se encontrar. “Sinhá Maria” é a última apresentação do dia. O ator tem um corpo
bem preparado, mas pode ser que ele caia em alguns clichês. Ele precisa descobrir
os benefícios de se usar velcros nos figurinos. Voltamos para o alojamento e
conversamos um pouco. Acho isto a coisa mais potente do festival: os encontros,
até com quem você veio. Eu e a Iolanda descobrimos um monte de coisas em comum
e ao ouvi-la descobri um monte de coisas sobre mim. Tomar banho de cueca não é
a melhor coisa do mundo, e eu devia ter trazido dois travesseiros.
ARAGUARI, SEXTA-FEIRA, 18 DE
ABRIL DE 2014
O carteiro de
bonecas é engraçado. Uma peça infantil para adultos. A mensagem é legítima. O
grupo é muito engajado, acho que apresentaram umas três peças no festival. O
Auto da Compadecida tem momentos engraçados e não se prendem a versão dos
cinemas. A troca de sexos dos personagens demonstra um amadurecimento dos
meninos. Sempre me emociono com a cena final, mesmo que Maria seja péssima.
Lembro da minha mãe e das suas limitações e sonhos. E até acredito que a
religião seja boa para alguns, mas tenho certeza que o teatro é mais. “A” João
Grilo é uma fofa. Temos a abertura oficial. Nunca achei graça de eventos antes
da abertura, ainda mais quando o meu está incluído. O Nassim Guerra organizador
do FESTA se emociona e uma representante do prefeito fala muito. Percebo um
desconforto entre eles, o festival é feito quase sem incentivos. A peça
seguinte foi linda. “O Marido que Comprou a Bunda a Prestação” não está
concorrendo e fico feliz por isso! Saí de lá crente de que é possível se fazer
coisas interessantes, mesmo sem incentivos calorosos, mesmo sem escolas de
formação. Mesmo sem bunda.
“A Casa das
Tias” é um sucesso. É um teatro para rir, mas não pretende ser outra coisa. Os
atores parecem ter feito isto mais de dez vezes. São seguros no texto e muito
rápidos. Respeitei mais ainda a diversidade do teatro e morri de inveja dos
atores que usam saltos gigantes sem cair.
Depois de
entrar e sair mil vezes do ônibus, descobrimos que iríamos a pé para a festa do
FESTA. O lugar era pequeno, mas muito bacana. Dançamos no palco e fizemos
amigos. Bebi toda a água e dancei tanto que a sola do meu sapato saiu. Ainda
bem que a Camélia guardou para mim. Conversamos com algumas pessoas que
gostaram da peça e um diretor de um grupo falou do que achou potente e do que
não achou. Gostei dele, muito consciente. Fiquei pensando muito sobre o “povo
do teatro” e confirmei que somos iguais a todo mundo mesmo, mesmo que
diferentes. Tem àqueles que se acham, os que só bebem, só dançam, que fazem
tudo. Tem os que se acabam na pista e os que acabam com a pista, mas no fim
todos querem se dar bem e encontrar alguém que os ajudem a descobrir como somos
complexos. Complexo mesmo foi voltar cansado e não achar nada para comer.
Dividimos um biscoito, chocolates e barras de cereal. A Camélia e o Matheus são
muito gracinhas por alimentar os pobres a noite. Tenho certeza que o Junio
falou Inglês dormindo.
ARAGUARI, MANHÃ DE SÁBADO, 19 DE
ABRIL DE 2014
Acordamos e
quase perdemos o café. Aliás perdemos, só tinha pão e leite. Seguimos para a
passeata. Foi bem curioso. A cidade não se mostrou muito receptiva aos que
passeavam... acho que precisávamos de mais volume e a cidade de mais
reconhecimento do que está nascendo lá. O Nassim e os “meninos” da produção
fazem mágica sem dinheiro e apoio, imagina quando tiverem os dois?
Fomos em uma
feira popular. Comemos pastel de Guariroba e tomamos um refrigerante com nome
de santo que era dos deuses. Achei o palmito amargo, mas o passeio foi doce.
Doce mesmo foi a apresentação do “Folguedo do Boi de Reis”. Cheio de erros a
apresentação foi linda. Uma família de Pirapora viajou sem a formação original
do grupo que alegaram não irem pela sexta-feira da paixão. A tradição sendo sua
própria inimiga. O mais impressionante foi a plasticidade e potencia das danças
do final da peça, talvez mais ricas que o espetáculo narrado.
ARAGUARI, TARDE DE SÁBADO, 19 DE
ABRIL DE 2014
“Tempo
de Amar” era de outra família. Uma atriz estava ótima e parecia estar amando ou
o teatro ou alguém tamanha sua vontade em cena. Acho que as pessoas gostaram.
O
“Brazil com Z” foi na praça. Travestis invadiram o espaço público e exigiram
atenção. Os atores são virtuosos e os figurinos lindos. Penso sobre a
necessidade de jogarem fubá, principalmente em mim. Brincadeiras
a parte penso que isso distanciou um pouco quem via. Um certo padrão entre os
corpos me incomodou um pouco, mas achei corajoso e muito potente a proposta e
escolhas estéticas para um grupo de uma cidade do interior. Algumas abordagens
dialogaram com o Transeuntes e no geral acredito que foi um dos grupos que mais
corresponderam com o que esperamos encontrar em festivais de teatro. Eles vão
jogar muito fubá em muita gente hipócrita ainda.
ARAGUARI, NOITE DE SÁBADO, 19 DE
ABRIL DE 2014
Na
peça “Psicodelia do Amor” tive uma crise de riso com uma espectadora que batia
palma a cada cinco minutos da peça. Fiquei muito mal, mas não consegui segurar
o riso. Foi desrespeitoso e não quero que isso aconteça nunca mais. Nem fiquei
para ver a última cena.
Um
“Lual” foi organizado. A Sabrina ofereceu músicas para mim e cantamos muito.
Rimos por horas. Pelo menos hoje sinto que fazer teatro é bom.
ARAGUARI, MANHÃ DE DOMINGO, 20 DE
ABRIL DE 2014
Hoje
é o dia das oficinas, e escolhi a de Interpretação . O oficineiro ministrou a
oficina de modo muito confuso e deixou todo mundo com mais dúvidas do que
vontade de rir. Ele, se referindo como a “Bárbara Heliodora” do festival causou
espanto.
ARAGUARI, TARDE DE DOMINGO, 20 DE
ABRIL DE 2014
Assistimos os
vídeos e vimos as fotos. Não conseguimos filmar toda a cena, mas as gravações
estão lindas. Fico feliz em saber que o Felipe Lopez Ivanicska se associou ao
Transeuntes.
A peça “Carlos
e Leno” é potente,acho que serão premiados. “O
Casamento da Mulher Feia”, do grupo com mais de três peças, é uma peça que
funciona. Os skatistas e passantes disputam a atenção. Quero saber o que tem em
um monte de árvores sobre as casas. Damos uma volta. Araguari é linda. As ruas
são largas e a cidade muito plana. Se morasse aqui teria bicicleta e patins. As
praças são bem cuidadas e nem todas tem igrejas. Achei o transito organizado,
mas os motoristas são impacientes.
ARAGUARI, NOITE DE DOMINGO, 20 DE
ABRIL DE 2014
Outro
espetáculo do curso da UFSJ vai ser apresentado. “Fantasmas da Mente” foi uma
cena criada a partir de um exercício de uma disciplina. Acho válido os meninos
circularem com ela, e digno que assistamos, afinal de contas nos conhecemos e
somos da mesma cidade e universidade. A última cena é dirigida pelo nosso
oficineiro E não vejo nada de novo no reino da Dinamarca.
A Roda de
domingo foi bem animada. Dois atores representaram um casal e homenagearam
todas as peças apresentadas. A troca de chocolates mostrou-se um momento ótimo.
Estou começando a suspeitar que vá sofrer amanhã na despedida.
ARAGUARI, MANHÃ DE SEGUNDA-FEIRA,
21 DE ABRIL DE 2014
O
oficineiro estava pior. Os atores de Conselheiro Lafaiete foram ótimos ao
criticar a oficina dele. Ele Gritou com a Sabrina depois de um questionamento e
chegou a levantar, pensei que fosse agredi-la. Não agrediu, mas ameaçou...
Levantei e fui embora. Não duvido que ele seja uma pessoa informada em teatro,
mas definitivamente ele não está em seu melhor momento para ministrar oficinas.
O Nassim pediu mil desculpas, mas acho muito culpá-lo pela índole dos
contratados. Ele é um fofo e o festival está ótimo.
ARAGUARI, TARDE DE SEGUNDA-FEIRA,
21 DE ABRIL DE 2014
A
premiação é esperada e a mulher que representa o prefeito fala várias vezes.
Ela não percebe que o FESTA precisa mais do que palavras... O Transeuntes foi
indicado para umas 14 categorias, com mais de uma indicação em cada uma. O
Junio ganhou o premio de melhor ator coadjuvante, o grupo de melhor figurino e
melhor diretor. Recebi o prêmio do figurino com uma das roupas e perucas.
Ficamos felizes pelas premiações, mas reflexivos por pensar que as escolhas nem
sempre corresponderam com o tema do festival que era “Por Espaços e Linguagens
Existem Limites? A despedida foi triste e voltamos para a casa com saldos
positivos. Novos amigos, novas reflexões e confirmações de como é difícil
pensar e fazer um teatro que como bem diz o Pedro Mendonça nem traz tantas
novidades assim.
Uma
lua maravilhosa nos acompanhou pela viagem. Na chegada eu e o Igor descarregamos
o cenário no CTAN e viemos a pé, é que o motorista apressado nos deixou na mão.
A propósito aproveito este espaço para agradecer àqueles que nos deram uma mãozinha gigante: Felipe Ivanicska, Bruno Costa, Mário Dmnl, Felipe Trindade e Webert Souza e em especial ao Marcelo Rocco que mesmo longe estava presente em toda a viagem, ganhando até prêmio a distância.
Luís Firmato
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