Bem Vindo!

TRANSEUNTES

Criado em abril de 2012, o grupo de pesquisa"Transeuntes: Estudos sobre performance e Teatro performativo" foi formado a partir da necessidade de artistas em ampliar os estudos sobre as intervenções performáticas nas ruas. Em parceria entre Professores e Alunos do Curso de Teatro (COTEA) da UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rei), o projeto consiste, entre outros pontos, em estudos teóricos sobre determinados autores que abordam o teatro nas ruas e em experimentações práticas que visam inserir o espectador transeunte na construção dos processos criativos, a partir das temáticas referentes às abordagens atuais. A pesquisa tem como principal objetivo investigar as propostas de estreitamento entre a cena contemporânea e o espectador transeunte nas ruas de São João Del-Rei, visando analisar a inserção do público como participante das ações performáticas, na busca de:

(...) Utilizar o ambiente urbano de maneira diferente das prescrições implícitas no projeto de quem o determinou; enfim, de dar-lhe [espectador-cidadão] a possibilidade de não assimilar, mas de reagir ativamente ao ambiente. (ARGAN, 1998, p. 219)

Os membros atuais do grupo Transeuntes são:

Professores - Ines Linke e Marcelo Rocco.

Alunos - Débora Trierweiler; Diego Souza; Diogo Rezende; Fernanda Junqueira; Gabriela Ferreira; Guilherme Soares; Halina Cordeiro; Henrique Chagas; Isabela Francisconi; Kauê Rocha; Nathan Marçal; Paula Fonseca; Rick Ribeiro; Tatiane Talita.

domingo, 27 de janeiro de 2013

"Vestígios de um crime" texto de Marcelo Rocco sobre as "experiment-ações".

TÍTULO: "VESTIGIOS DE UM CRIME" 

"Adentrar na mata e na água parcialmente morta.
Criar restos de um crime, permitir em meio aos jornais populares.
Mas como criar uma ficção já que os jornais lidos são tão ficcionais? Uma ficção como sinônimo de mentira. 
devir, talvez deixar ir. O barquinho-papel mais parece uma arte expressionista que caminha juntamente àquela correnteza. 
Talvez criar aqui uma ficção com roupagem da verdade. 
Em um tempo que que a realidade é apenas um pseudomundo à parte (Debord), 
falar a verdade de forma sutil talvez possa revelar a caricatura grotesca das notícias escritas ou televisionadas. 
Possibilidades de criação: giz, jornais, falas, instalações de corpos à beira do rio, 
os transeuntes podem seguir o mesmo fluxo da água e serão informados sobre os acontecimento vindouros.
 Informados? Não, mas terão resquícios para se apropriarem das histórias e dos jogos. 
Neste momento me vem à cabeça a música de João Bosco "DE FRENTE PRO CRIME", 
em que há um corpo, mas só se pode ver as noticias sensacionalistas dos jornais. trecho:
Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...
O bar mais perto
Depressa lotou
Malandro junto
Com trabalhador
Um homem subiu
Na mesa do bar
E fez discurso
Prá vereador...
Três corpos andando, instalações se configuram, riscos, um corpo se atira ao rio, outro ao chão. 
e tá lá o corpo estendido no chão, em vez de rosto, vejo botas, foto e possibilidades. Mas não rimou"

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