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TRANSEUNTES

Criado em abril de 2012, o grupo de pesquisa"Transeuntes: Estudos sobre performance e Teatro performativo" foi formado a partir da necessidade de artistas em ampliar os estudos sobre as intervenções performáticas nas ruas. Em parceria entre Professores e Alunos do Curso de Teatro (COTEA) da UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rei), o projeto consiste, entre outros pontos, em estudos teóricos sobre determinados autores que abordam o teatro nas ruas e em experimentações práticas que visam inserir o espectador transeunte na construção dos processos criativos, a partir das temáticas referentes às abordagens atuais. A pesquisa tem como principal objetivo investigar as propostas de estreitamento entre a cena contemporânea e o espectador transeunte nas ruas de São João Del-Rei, visando analisar a inserção do público como participante das ações performáticas, na busca de:

(...) Utilizar o ambiente urbano de maneira diferente das prescrições implícitas no projeto de quem o determinou; enfim, de dar-lhe [espectador-cidadão] a possibilidade de não assimilar, mas de reagir ativamente ao ambiente. (ARGAN, 1998, p. 219)

Os membros atuais do grupo Transeuntes são:

Professores - Ines Linke e Marcelo Rocco.

Alunos - Débora Trierweiler; Diego Souza; Diogo Rezende; Fernanda Junqueira; Gabriela Ferreira; Guilherme Soares; Halina Cordeiro; Henrique Chagas; Isabela Francisconi; Kauê Rocha; Nathan Marçal; Paula Fonseca; Rick Ribeiro; Tatiane Talita.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Depoimento de Marcelo Rocco sobre a oficina "Transfiguração":


Inicialmente, foi dificil sair das amarrras da universidade e do local ao redor, das pessoas nos olhando tentando decifrar o trabalho, apos este momento, percebi escolhas perfeitas de local, de feitura, de contato. O sol estava ao nosso lado, fazendo parte do trabalho. A argila despertou o ludico em mim, achei que a transformacao ficaria algo denso, pesado, mas, contrariando o meu pre-julgamento, a minha crianca interior despertou um sentido autonomo de movimento e risco. Mais do que me transfigurar, minhas maos desejavam moldar o outro, transformei os meus colegas de trabalho em vasos porosos, criei bonecas de barro, moldei outras vidas naqueles rostos. Foi bom deixar de ser algo pre moldado para construir uma outra face, uma outra po
esia no meu corpo. Senti falta de estar com uma roupa mais apropriada para total entrega (como este material de trabalho fez falta). Pensei em colocar outra face nas minhas costas, meu rosto virou duo, tive duas faces, frente e verso como mostram as fotos. A argila era o instrumento para a mutacao. Quando a Ana Flor Rocha pediu para eu falar sobre a minha infancia, ainda nao estava preparado para a palavra, para o verbo, queria usar as maos, queria manter o silencio da boca para que o meu movimento falasse. Ao finalizar o trabalho, percebi imediatamente que aqueles pequenos momentos foram libertadores do ritmo cotidiano.

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